segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Reflexão do Bocage

No século XVIII procurou revigorar e retomar características do Renascimento literário, ou seja, o equilíbrio e as formas clássicas de composição.Um dos destaques portugueses deste período é a obra de Bocage, considerado, ao lado de Camões e Antero de Quental, um dos melhores sonetitas portugueses.Sua obra se constitui em duas fases, sendo a primeira puramente árcade, marcada pela ambientação bucólica e pela referência à mitologia como podemos observar nestes trechos: “Que alegre campo! Que manhã tão clara!” e “Os Zéfiros brincar por entre flores?”Embora o autor tenha escrito desta maneira, seu estilo próprio, seu gosto e instintos poéticos não condiziam com o Arcadismo propriamente dito, pois sua segunda fase se caracteriza como pré-romântica, por sua ambientação nostálgica e sentimental.Bocage reflete metalingüísticamente a respeito de seus versos “sem arte, sem beleza, e sem brandura”, pois a não satisfação de seus desejos como poeta e levava à atmosfera um tanto romântica pelo sentimento de culpa por “paixões que me arrastava” segundo o próprio poeta e também, por arrependimento e até morte por ter vivido daquela maneira.

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