quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Alexandre O'Neiil

Alexandre Manuel Vahía de Castro O'Neill de Bulhões (Lisboa, 19 de Dezembro de 192421 de Agosto de 1986), ou simplemente Al, descendente de irlandeses, foi um importante poeta do movimento surrealista em Portugal fundador do Movimento Surrealista de Lisboa.
Foi várias vezes preso pela polícia política, a
PIDE.
As suas primeiras influências surrealistas surgem no ano de
1947, quando contacta com Mário Cesariny. Em 1948, fundam o Grupo Surrealista de Lisboa, juntamente com José Augusto França, António Pedro e Vespeira.
Publica em 1948, dentro desta corrente, o volume de colagens A Ampola Miraculosa, integrado na colecção dos Cadernos Surrealistas.
Este grupo depressa se divide em dois e dá origem ao
Grupo Surrealista Dissidente, com personalidades como António Maria Lisboa e Pedro Oom.
Também este grupo se dissolve poucos anos depois, mas as influências surrealistas permanecem visíveis nas obras de Alexandre O'Neill.
Alexandre O'Neill, não conseguindo viver apenas da sua arte, alargou a sua acção à publicidade. É da sua autoria o lema publicitário «Há mar e mar, há ir e voltar».
Publicou as antologias poéticas de
Gomes Leal, de Teixeira de Pascoaes (em colaboração com F. Cunha Leão), de Carl Sandburg e de João Cabral de Melo Neto.
Gravou o disco «Alexandre O'Neill Diz Poemas de Sua Autoria».
Em
1966, foi traduzido e publicado na Itália, pela Editora Einaudi, um volume da sua poesia, Portogallo Mio Rimorso.
Em
1982 recebeu o prémio da Associação de Críticos Literários.
Suas obras foram:

Tempo de Fantasmas (1951)
No Reino da Dinamarca (1958)
Abandono Vigiado (1960)
Poemas com Endereço (1962)
Feira Cabisbaixa (1965)
De Ombro na Ombreira (1969)
As Andorinhas não têm Restaurante (1970), em prosa narrativa
Entre a Cortina e a Vidraça (1972)
A Saca de Orelhas (1979)
Uma Coisa em Forma de Assim (1980), em prosa narrativa
As Horas Já de Números Vestidas (1981)
Dezanove Poemas (1983)
O Princípio da Utopia (1986)

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